https://youtu.be/rPYiau2Jiis?si=sFNrEydL3bqv9A0h
Muito bom ver o Brasil ocupando um papel de destaque no cenário Internacional. Acompanhei com prazer o discurso de Luís Inácio Lula na Assembleia Geral da ONU, com o discurso que já fizemos neste Recanto das Letras, quando postei os temas: Desigualdades Sociais - A Origem e, Sobre o Mercado Financeiro.
Constatar que estávamos corretos. As desigualdades sociais em todo o mundo, são o vilão de todas as atividades.
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“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso nesta terça-feira (19) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
Veterano no púlpito das Nações Unidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu demandas antigas ao retornar à Assembleia Geral, em Nova York, após um intervalo de 14 anos.
Num discurso forte e estruturado, ele centrou na desigualdade a origem das mazelas que desafiam a ONU e recebeu aplausos sete vezes, sobretudo quando anunciou, mais uma vez, a sua volta e a do Brasil a um palco internacional de debates.
As Nações Unidas definiram como tema da assembleia deste ano os esforços para avançar na chamada Agenda 2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193 países membros da ONU até 2030.
“Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade”, advertiu o presidente brasileiro, que soma oito discursos na Assembleia Geral nas duas últimas décadas.
Lula Fala Sobre a Fome
https://youtu.be/_fhx6mCsWqE?si=A5DuG1DBlkp9M2Gn
A fome, a pobreza, a ameaça da extrema direita, a defesa pela reforma do Conselho de Segurança, por soluções à emergência climática e a cobrança de recursos das nações desenvolvidas permearam o discurso desta terça-feira, sempre com a desigualdade como pano de fundo.
“Não haverá sustentabilidade nem prosperidade sem paz”, insistiu.
Na abertura dos debates, Lula cresceu e tirou proveito do vazio deixado no cenário internacional por seu antecessor, Jair Bolsonaro, para delinear aos representantes de mais de 140 países a sua agenda social.
Celebrou bandeiras como o combate ao racismo, à xenofobia, à intolerância, e ao feminicídio; ressaltou a importância da preservação da liberdade de imprensa, dos direitos dos grupos LGBTQ+.
O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.”
Críticas à paralisia da ONU e à perda de credibilidade do Conselho de Segurança entraram no discurso para justificar uma bandeira antiga, proferida todas as vezes que subiu à tribuna: a necessidade da reforma do órgão como parte da solução dos problemas.
O Brasil pleiteia um assento permanente, juntamente com Alemanha, Japão e Índia, integrantes do chamado G-4.
“Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime.
A guerra na Ucrânia escancara a nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer o propósito e os princípios da Carta da ONU.” (Globo News - 19.09.2023)
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Desigualdades sociais - A Origem
A origem histórica dos países e continentes desempenha um papel fundamental na compreensão da geopolítica atual.
No caso do Brasil, como um país colonizado, a sua história de colonização e exploração tem influências significativas nas dinâmicas políticas, econômicas e sociais atuais.
A colonização estabeleceu bases para muitas das desigualdades e desafios que o Brasil enfrenta hoje, incluindo questões relacionadas à escravidão, preconceitos raciais e desigualdades sociais.
Essas questões moldam as relações internas e externas do país, bem como as dinâmicas de poder dentro dele.
É essencial considerar esses contextos históricos ao analisar a geopolítica brasileira e mundial.
As diferentes nações colonizadoras deixaram marcas culturais, sociais e políticas nos países que colonizaram, fato que influencia as atitudes e crenças em relação aos gêneros.
No caso do Brasil, a colonização por Portugal, Espanha, França, Holanda e mesmo a influência indireta da Inglaterra tiveram impactos diversos na formação da sociedade e das normas de gênero.
Esses legados históricos contribuíram para compreender as atitudes contemporâneas em relação à misoginia, misandria e às desigualdades de gênero.
Portanto, considerar o contexto colonial é essencial para uma análise completa dessas questões.
A história da escravidão no Brasil está profundamente ligada à colonização portuguesa e à exploração de mão de obra africana.
A colonização portuguesa foi responsável por trazer milhões de africanos para o Brasil como escravos, o que teve um impacto duradouro nas estruturas sociais, econômicas e culturais do país.
Esse triste período da história brasileira resultou em profundas desigualdades raciais e étnicas que persistem até os dias atuais.
Levar em conta essa origem é fundamental para entender a complexidade das questões raciais no Brasil e em outros lugares.
Privilégio dos Colonizadores
Há disparidade histórica na forma como a mão de obra escravizada foi tratada em comparação com os colonizadores europeus. Durante a colonização do Brasil, os colonizadores portugueses tiveram privilégios significativos em comparação com a população escravizada trazida da África.
Os colonizadores frequentemente receberam terras, recursos e apoio do governo para se estabelecer no Brasil.
Em contraste, as pessoas escravizadas foram forçadas a trabalhar sob condições brutais e desumanas, sem direitos básicos e enfrentando violência e opressão.
Perfil dos Colonizadores
Os colonizadores que vieram para o Brasil durante o período de colonização eram diversificados em termos de origens, habilidades e posses pessoais. Eles incluíam pessoas de diferentes classes sociais e níveis de educação.
Miscigenação
A mistura de raças e culturas resultou na diversidade étnica e racial que caracteriza o Brasil hoje. Durante a colonização e o período de escravidão, houve interações entre europeus, africanos e povos indígenas, resultando em uma rica mistura de traços culturais e genéticos.
Essa miscigenação é uma parte fundamental da identidade brasileira e se reflete na língua, na culinária, na música, nas tradições religiosas e nas características físicas da população.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar da miscigenação, as desigualdades raciais ainda persistem no Brasil, e a origem histórica das relações raciais ainda tem impacto nas dinâmicas sociais atuais.
A Luta Para Mimimizar as Desigualdades
Apesar dos avanços sociais e mudanças ao longo dos anos, os preconceitos de diversas formas ainda persistem no Brasil.
A luta contra o preconceito e a busca por igualdade é um desafio contínuo.
Reconhecer a persistência desses preconceitos é o primeiro passo para enfrentá-los e trabalhar em direção a uma sociedade mais justa e inclusiva.
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Redação e pesquisa: Júlio César Fernandes
Julio Cesar Fernandes
Enviado por Julio Cesar Fernandes em 14/08/2023
Código do texto: T7861702
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Você e o Mercado Financeiro
O que estão a chamar de “mercado financeiro”? Quem são os donos do mercado financeiro? Por que se fala tanto em proteção do mercado financeiro?
A resposta mais sensata e humana que eu conheço se resume em uma única conclusão, qual seja, - 99,5% de toda riqueza do mundo 🌍 pertence a menos de 0,5% da população - 7,8 bilhões de pessoas.
Então o “mercado” cuida em reservar 99,5% da “condição miserável” para o “povão” - os trabalhadores, - e preservar, cuidar e vigiar os 0,5% de todas as riquezas para essa minoria privilegiada da população.
Você é acionista de grandes empresas? A sua renda pra sobrevivência própria e da sua família dependem dos lucros e resultados das empresas?
Não? Então, amigo, você integra a faixa da grande pobreza - 99,5%. Você é pobre!
Quando você ouvir a grande mídia se lamuriando que o dólar subiu, a bolsa caiu, entenda que essa minoria (0,5%) está se estrebuchando pra não perder centavos da sua grande riqueza. Representam a voz dos Senhores da Senzala.
O mercado financeiro é a estrutura através da qual os agentes econômicos realizam negociações. Esses agentes são os investidores e os tomadores, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. E o que as duas partes têm em comum é o fato de que ambas precisam de dinheiro para atender suas necessidades.
O problema é que uma parte dessa estrutura detém 99,5% de todas as riquezas disponíveis. São a parte forte. Determinam as regras do jogo.
E a parte mais fraca 0,5% da maior parte da população do mundo, fica à mercê dos mais fortes.
Guarda similaridade com toda história da escravidão, relatada em Casa Grande e Senzala, entre outras obras.
Tem muito a ver com o que se chamou “Eugenia”* (bom em sua origem, bem nascido…), a seleção dos seres humanos com base em suas características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações futuras.
(*) O termo foi criado pelo cientista inglês Francis Galton (1822 - 1911), em 1883.
Fique atento!
14.12.2022