Julio César Fernandes
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Textos

Labirintos da Paixão

 

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A paixão não é tão óbvia, - é confusa, difusa

Compreender suas fraquezas, aquece, fortalece

Fazer uma pausa para refletir é um gesto de coragem

O Passado distante no presente é uma miragem

O passado está sempre assombrando o presente

 

Marcamos um encontro nas férias de Primavera

Você só me deu o ar da graça no calor do Verão

Falha nossa, ruído de informação, um clarão ofuscando a visão

As estações se vão, - varrendo a paixão, entristecendo o coração

 

Os romances não findam assim, - de repente...

As mensagens do coração são claras e vêm rápidas, de avião

Mas cegos de paixão ignoramos a razão.

Infelizmente só aprendemos quando estamos no chão

 

Todas as paixões são tolas, cheias de ilusões e emoções 

E nas tormentas o corpo se abala comprimindo o coração

Quando,  enfim, chegamos à fase da razão, da ação

Percebemos que as mensagens advêm de outro verão

 

O amor não suporta as ausências sem saudades

Mas se há amor, a saudade suporta as ausências

O tempo é um luxo supremo, uma carícia, uma querência.

Não pode ser acumulado, controlado ou represado 

Quem pense em harmonizar está iludido, perdido

 

Um dia senti o brilho dos seus olhos em minha direção

E todos os meus sentidos se renderam, entraram em erupção

Mas o Tempo, este Senhor tão ausente, atirou cinzas no sentimento 

Do brilho do sorriso dos seus olhos, restou o vazio e o sofrimento. 

 

 Série: Poesias sem Marias. 04.09.2023

 

                                   ***

Julio Cesar Fernandes
Enviado por Julio Cesar Fernandes em 05/09/2023
Alterado em 05/09/2023
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