A ética interpessoal refere-se ao conjunto de princípios e valores que guiam nossas interações e relacionamentos com outras pessoas. É um conjunto de normas morais que nos orienta a agir de maneira justa, respeitosa e responsável em nossas relações com amigos, familiares, colegas de trabalho e qualquer indivíduo com quem nos conectamos. A ética interpessoal se concentra em como tratamos os outros, levando em consideração seus sentimentos, dignidade e bem-estar.
Na essência da ética interpessoal estão a empatia e o respeito mútuo.
Empatia envolve a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos dos outros, permitindo-nos colocar-nos no lugar deles e responder de maneira sensível.
O respeito, por sua vez, é a base para reconhecer a autonomia e os direitos de cada pessoa, independentemente de suas diferenças ou posições na sociedade.
Para que a ética interpessoal se mantenha sempre presente, necessário que estejamos sempre dispostos a fazermos uma reflexão constante sobre nossas ações e decisões. Isso inclui considerar como nossos comportamentos afetam as outras pessoas, além de estarmos dispostos a corrigir erros e fazer as pazes quando necessário.
Envolve aderir a princípios de honestidade, sinceridade e integridade, evitando a manipulação e a traição.
Saber estabelecer limites saudáveis e obter consentimento, implica em respeitar as escolhas e os espaços pessoais dos outros, bem como garantir que todas as partes envolvidas estejam confortáveis e concordem com as ações propostas.
Enfim, para que os elementos em pauta estejam presentes é fundamental criar conexões positivas e duradouras com outras pessoas. Ela nos lembra da importância de tratar os outros com consideração, bondade e justiça, promovendo relações saudáveis e construtivas.
Buscando enfatizar uma melhor compreensão acerca da essência da ética, conceituamos os termos abaixo, a saber:
Tanto a empatia quanto o respeito são elementos indispensáveis para criarmos um ambiente no qual as pessoas se sintam valorizadas e compreendidas.
Ao demonstrarmos empatia, mostramos o quanto nos importamos com os sentimentos das pessoas com as quais convivemos e o quanto estamos dispostos a interagir, da melhor forma que pudermos para oferecer nosso apoio.
Ao praticarmos o respeito, criamos um espaço onde as vozes de todos são ouvidas e respeitadas, independentemente das diferenças. Afinal, todas as pessoas merecem ser tratadas com dignidade e justiça.
Outros pilares são importantes para uma convivência com ética:
Quando estamos “a céu aberto”, fora de um ambiente corporativo, por exemplo, - onde as regras são conhecidas e estabelecidas, - ainda, com lembretes diários sobre a importância de adoção dos procedimentos éticos como pilastras, podemos incorrer em “algumas situações”, a saber:
A quebra de confiança é uma realidade com a qual muitas relações têm que lidar em algum momento. No entanto, se houver uma vontade genuína de reconstruir, aprender com os erros e investir na restauração da confiança, muitos relacionamentos podem superar essas dificuldades e emergir mais fortes do que antes.
É um processo que exige paciência, comprometimento e abertura emocional de ambas as partes envolvidas.
Segundo a escritora Martha Medeiros, “Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição.”.
Por fim, avalio que a adoção de procedimentos éticos nas relações interpessoais, para além do âmbito empresarial, familiar etc., deva ser estabelecido em redes sociais, - colocado de forma assertiva, pois quando nos deixamos levar por suposta confiança das conversações, ao abrigo da “confiança do entendimento contido nas entrelinhas” corremos o risco de sermos mal-entendidos, mal interpretados, - fatos que geram desconforto e constrangimento aos interlocutores.
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(*) Este texto não tem a pretensão de abordar a ética sob a ótica Aristotélica.