Julio César Fernandes
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Textos

Poesia Crônica

 

Não gosto de poesia 

Verdade verdadeira detesto poesias 

As leio por preguiça, escrevo-as igualmente por preguiça, parece heresia 

Abro treta com uma amiga que adora bronca 

Eu gosto mesmo é de Crônicas

 

Gosto das Crônicas da Martha Medeiros, de ouvir suas histórias com voz melodiosa, do Maria, o Antônio, do Mário, o Quintana

Dos poemas lindíssimos de Aila Sampaio, professora da Terra do Sol e do mar, vastidão no sorriso e azul no olhar 

Ela parece estudar astrofísica pra encontrar a palavra cortante e certa pra  dizer a forma de amar 

 

Gosto do tal Pessoa em Mar Português onde  por preguiça, tédio, ausência de vinho ou fumo

Diz “tudo valer a pena se a alma não é pequena” - caberia uma Ilíada 

 

Mas como é lindo afirmar que parte do salgado mar foi adicionado às lágrimas das mães que viram filhos sempre indo, sempre indo, sempre com uma dor nada amena, partindo 

Que ir pra além do Bojador tem que vencer a dor

 

Serão os emojis filhos da Poesia

Dos sem tempo, dos entediados sem amor, sem sexo, sem nexo, sem dor sem alegria sem lembranças nostálgicas

 

E os que fazem rimas utilizando esquadros equações matemáticas métricas sem esperança 

 

Detesto rimas!

Sem seu amor dor um minuto de rubor sob seu olhar azul 

Quem dera aflorasse o vazio que há no meu olhar preso escravo dessa luz 

 

Chega de Poemas e Clarices (chatices) ausentes 

Sem alegrias 

Bem disse Dra.  Andrea: “A Vida não é Justa”.

Mas como diria D. Flor: é o que temos pra hoje. 

 

                                    xxx

 

16.07.2023

Julio Cesar Fernandes
Enviado por Julio Cesar Fernandes em 16/07/2023
Alterado em 22/07/2023
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